Agência Petroleira de NotíciasVeja fotos da atividade em http://www.apn.org.br/
A campanha "O Petróleo Tem que ser nosso" continua.
Vigília dias 16, 17 e 18, na Candelária:
O petróleo tem que ser nosso!
Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)
Na terça, 16, petroleiros de vários estados vão parar
Todos ao ato-show, dia 17, às 17h. O Petróleo tem que ser nosso!
Notícias sobre audiência na ANP, 10ª Rodada do Petróleo, os planos da Exxon no pré-sal e a resistência popular
Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)
EXTERMÍNIO ONTEM, HOJE...E AMANHÃ? 60 ANOS DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: ELES NÃO CUMPRIRAM!
Os sucessivos governos já deixaram claro o seu compromisso com a manutenção de uma política de extermínio que nos remete aos velhos tempos da ditadura. Outrora o extermínio de todos que se contrapusessem ao regime, hoje a criminalização da pobreza e daqueles que lutam.
O atual governo do estado do Rio de Janeiro é responsável por um aumento vertiginoso do número de “autos de resistência” – civis mortos pela policia. Em 2007 foram computados 1330 registros. Nos primeiros três meses de 2008, foram registrados 358, o que representa um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2007. Dados do encerramento do primeiro semestre desse ano apontam 849 mortes.
O custo humano dessa política de governo não se justifica! Hoje temos a polícia que mais mata e mais morre no mundo, num quadro trágico que já alcançou índices recordes, jamais vistos anteriormente.
Por isso nos lutamos no dia 10/12: para lembrar que 60 anos da declaração de direitos humanos já se passaram e os mesmos que a assinaram promovem uma política de extermínio que tem como conseqüência as chacinas do Alemão, de Acari, Borel, Caju, Coréia, Lins, Baixada, Candelária, Vigário Geral, o extermínio de 3 jovens na Providência. Além das que atingiram nosso estado, também recordaremos 12 anos do massacre em eldorado dos Carajás, a morte de Keno – militante do MST – pela Syngenta, os 111 presos exterminados no Carandiru e tantos tristes episódios que, além dos diários, memoram as trágicas conseqüências dessa política.
Acusamos os governos de genocídio, racismo, tortura e fascismo e exigimos: parem de matar os nossos jovens! Queremos justiça e uma profunda mudança na atual política de segurança pública! Chega de Milícia! Abertura dos arquivos da ditadura já: nossa memória é nossa história!
CABRAL, CHEGA DE EXTERMÍNIO!
ATO NO DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS 10/12 - 9h NO PALÁCIO DA JUSTIÇA (Rua Dom Manuel, 29, Centro) SEGUINDO PARA A ALERJ (Rua 1 de Março S/N) E PARA PRAÇA MAHATAMA GANDHI, AONDE OCORRERÁ UMA VIGÍLIA
Local: Sindipetro RJ – Av. Passos, 34 - Centro Data: 9 de dezembro de 2008 Das 15h00 às 20h30
Setores do movimento de pescadores e ambientalistas têm sido ativos em acompanhar e denunciar os efeitos deste tipo de modelo de desenvolvimento que polui, exclui e rende pouquíssimo retorno para a classe trabalhadora do Rio de Janeiro, uma vez que boa parte desses empreendimentos conta com financiamento do BNDES e isenções fiscais que alcançam até 12 anos. Uma questão-chave é mostrar que sem um processo articulado de resistência é impossível sair da armadilha do “desenvolvimentismo” centrado no lucro e na mercantilização de todas as formas de vida.
A Plenária dos Movimentos Sociais, o MST, a CMP e o Pacs a partir de seu acúmulo, elaboração e intervenção no conjunto dos movimentos sociais, e tendo como suporte a temática do desenvolvimento, convidam todos para o seminário Estratégias do Capital no Rio de Janeiro: infra-estrutura, indústria e energia. O encontro visa ao questionamento e análise crítica das políticas “desenvolvimentistas” dos governos federal, estadual e municipal e ao aprofundamento do diálogo sobre os desafios que se apresentam para se pensar e construir novas formas de desenvolvimento.
15:00h – Chegada dos/das participantes
15:30h – Apresentação dos/das participantes
16:00 – Mesa: Disputa de territórios na região Sudeste e impactos sócio-ambientais.
Debatedor/a 1 – Virginia Fontes – historiadora
Debatedor/a 2 – Sérgio Ricardo – ambientalista
Debatedor: Luis Carlos de Oliveira – pescador – Associação de pescadores do Canto do Rio/RJ
17:00h – Debates
18:00h – Lanche
18:30 – Mesa: IIRSA/PAC, Pólo Siderúrgico Sepetiba e Energia.
Debatedor/a 1 – Jorge Borges - geógrafo
Debatedor/a 2 – Sandra Quintela – socioeconomista PACS/Rede Jubileu Sul
Debatedor: Ivo Soares – pescador – Associação de Aquicultores e Pescadores de Pedra de Guaratiba
19:30 – Debates
20:30 - Encerramento
Nome:___________________________________________
Endereço:________________________________________
Telefone:_________________________________________
Correio eletrônico:_________________________________
Informações: PACS – Telefone: 2210-2124 - secretaria@pacs.org.br
Organização: AAPP, Apescari, CMP, MST, PACS, Plenária dos Movimentos Sociais, Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Rede Jubileu Sul
Parceria: Sindipetro
Apoio: Fundação Rosa Luxemburgo
A ocupação leva o nome de Machado de Assis e precisa de apoio. Comida, materiais e qualquer um outro tipo de auxílio são bem-vindos.
A ocupação fez parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Urbana e pelo Direito à Cidade, que aconteceu no dia 25/11 em diversas cidades do país. Uma das principais reivindicações é que todos os imóveis públicos ociosos sejam destinados à habitação de interesse social.
O prédio foi desocupado às 17h30m, seguindo em passeata até a Gamboa em apoio à ocupação Machado de Assis.------------------------------
Faculdade de Direito da USP
Largo São Francisco
São Paulo – SP
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Inscrições:
Fone: (11) 9769-9960
TRIBUNAL POPULAR:
O ESTADO BRASILEIRO NO BANCO DOS RÉUS
Desde o final dos anos oitenta, com a Constituição Federal de 1988 e com a realização regular de eleições diretas, o Brasil vem sendo considerado um Estado Democrático de Direito - sendo inclusive signatário dos principais tratados e convenções internacionais de direitos humanos.
Entretanto, os ordenamentos jurídicos que visam a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos, como se verifica, não são colocados em prática. Muito ao contrário, o Estado - que, nos seus próprios termos, deveria garantir os direitos e promover a justiça social-, por meio de seus aparatos e suas instituições, viola sistematicamente os direitos das populações mais pobres das favelas, das periferias urbanas e do campo, sobretudo os jovens negros, quilombolas, indígenas e seus descendentes.
O objetivo da realização do Tribunal Popular é se contrapor às celebrações oficiais dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos ao julgar o Estado Brasileiro pelas práticas sistemáticas de violações de direitos.
O Tribunal Popular realizará 04 sessões de instruções, as quais ocorrerão nos dias 04 e 05 de dezembro de 2008 e abordarão casos emblemáticos envolvendo violência institucional do Estado:
1- Operações militares sob o pretexto de segurança pública em comunidades pobres: a chacina no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, em 2007, quando a força policial executou 19 pessoas;
2- A violência estatal no interior das prisões do sistema carcerário: o complexo prisional baiano e as execuções discriminadas da juventude negra e pobre na Bahia;
3- Execuções sumárias sistemáticas da juventude pobre: os crimes de maio de 2006, em São Paulo, quando foram executadas cerca de 400 pessoas em apenas oito dias, marcando uma das semanas mais violentas da história brasileira;
4- A criminalização dos movimentos sindicais, de luta pela terra, pelos direitos indígenas e quilombolas.
No dia 06 de dezembro ocorrerá a sessão final de julgamento, onde um júri composto por juristas, intelectuais, lideranças de movimentos e de entidades, artistas e principalmente vítimas destas violações e seus familiares se pronunciarão a respeito do Estado penal brasileiro.
Sessões de Instrução
04 de dezembro de 2008
1ª sessão - 9 horas
Violência estatal sob pretexto de segurança pública em comunidades urbanas pobres: dentre outros, o caso do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro
Presidente: João Pinaud, membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.
Acusadores: Nilo Batista, jurista e fundador do Instituto Carioca de Criminologia e João Tancredo, Presidene do Instituto de Defensores de Direitos Humanos - IDDH e ex-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.
Defesa: representante do Estado
Participação especial: Companhia de Teatro Marginal da Maré
2ª sessão- 14 horas
Violência estatal no sistema prisional: a situação do sistema carcerário e as execuções sumárias da juventude negra pobre na Bahia
Presidente: Nilo Batista, advogado, jurista e fundador do Instituto Carioca de Criminologia
Acusador: Lio N’zumbi - membro da Associação de Familiares e Amigos de Presos da Bahia (ASFAP/BA) e da Campanha Reaja ou será Mort@/ BA.
Defesa: representante do Estado
05 de dezembro de 2008
3ª sessão- 9 horas
Violência estatal contra a juventude pobre, em sua maioria negra: os crimes de maio/2006 em São Paulo e o histórico genocida de execuções sumárias sistemáticas
Presidente: Sergio Sérvulo, jurista, ex-Procurador do Estado
Acusador: Hélio Bicudo, promotor aposentado, presidente da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos
Defesa: representante do Estado
Participação especial: Grupo Folias D’Arte
4ª sessão- 14 horas
Violência estatal contra movimentos sociais e a criminalização da luta sindical, pela terra e pelo meio ambiente
Presidente: Ricardo Gebrim, advogado, coordenador da Consulta Popular e Maria Luisa Mendonça, coordenadora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
Acusador: Onir Araújo Filho, advogado, membro do Movimento Negro Unificado
Defesa: representante do Estado
Participação especial: Aton Fon Filho, advogado do MST
Sessão Final de Julgamento
Dia 06 de dezembro - 9 horas
Presidentes: Hamilton Borges - membro da Associação de Parentes e Amigos de Presos da Bahia (ASFAP/BA) e coord. da campanha Reaja ou será mort@; Valdênia Paulino, coordenadora do Centro de Direitos Humanos de Sapopemba (SP) e Kenarik Boujikian, juíza e diretora da Associação de Juízes para a Democracia
Acusador: Plínio de Arruda Sampaio, presidente da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária) e diretor do “Correio da Cidadania”.
Defesa: representante do Estado
Participação Especial: Kali Akuno - Movimento Malcon X Grass Roots Mouviment.
Jurados Convidados: Cecília Coimbra, presidente GrupoTortura Nunca Mais -RJ; Ferréz - escritor e MC; José Guajajara - militante de movimento indígena, membro do Centro de Étnico Conhecimento Sócio-Ambiental Cauieré; Ivan Seixas, diretor do Fórum Permanente de Ex Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo; José Arbex Jr., jornalista e escritor; Marcelo Freixo, deputado estadual PSOL-RJ; Marcelo Yuka, músico e compositor; Maria Rita Kehl, psicanalista e escritora; Paulo Arantes, professor de Filosofia da USP; Wagner Santos, músico, sobrevivente da chacina da Candelária; Waldemar Rossi, militante da Pastoral Operária e do Movimento de Oposição Sindical Matalurgica de São Paulo, aposentado; Adriana Fernandes, presidente da ASFAP/BA; e Dom Tomás Balduino, bispo emérito da cidade de Goiás e conselheiro permanente da CPT
Entidades e movimentos que compõem a organização do Tribunal Popular:
ALAIETS, ANDES-SN, APROPUC-SP, ASFAP/BA, Assembléia Popular, Associação Amparar/SP, Associação Brasileira pela Reforma Agrária (ABRA), Associação dos Anistiados Aposentados, Pensionistas e Idosos de São Paulo, Associação de Familiares e Amigos de Pessoas em Privação de Liberdade/MG, Associação de Juízes pela Democracia, Associação de Mães e Familiares de Vítimas da Violência do Espírito Santo, Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Adperj), Associação Paulista de Defensores Públicos, Bancários na Luta, Brasil de Fato, Brigadas Populares/MG, CAJP Mariana Criola, CDHSapopemba/SP, CEBRASPO, Centro Santo Dias de Direitos Humanos, CIMI-SP, Coletivo Contra Tortura, Coletivo Socialismo e Liberdade, Comitê Contra a Criminalização da Criança e Adolescente, Comuna Força Ativa/SP, Comunidade Cidadã, CONLUTAS, Conselho Federal de Serviço Social, CRESS-SP, Conselho Regional de Psicologia 6ª região, Consulta Popular, Correio da Cidadania, CRP/RJ, DCE-Livre UFSCAR, DCE-Livre USP, Escritório Modelo Dom Paulo Evaristo Arns (PUC-SP), Fórum Centro Vivo, Fórum da Juventude Negra/BA, Fórum das Pastorais Sociais e CEBs da Arquidiocese de SP, Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de SP, Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente/SP, Fórum Social por uma Sociedade sem Manicômios, IDDH/RJ, Instituto Carioca de Criminologia, Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania/MG, Instituto Palmares de Direitos Humanos/RJ, Instituto Pedra de Raio/BA, Instituto Rede Ação/RJ, Instituto Rosa Luxemburgo, Instituto Zequinha Barreto, INTERSINDICAL, Justiça Global, Kilombagem/SP, MLST, MORENA - Círculos Bolivarianos, Mandato do Dp. Est. Marcelo Freixo, Movimento Defesa da Favela, Movimento em Marcha/SP, Movimento Nacional de Direitos Humanos, Movimento Negro Unificado (MNU), MST, MTST/PE, NEPEDH, Observatório das Violências Policiais de São Paulo (OVP-SP), ODH Projeto Legal, Projeto Meninos e Meninas de Rua, Quilombo X/BA, Reaja ou será mort@!/BA, Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência/RJ, Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, Resistência Comunitária/BA, Revista Debate Socialista, Sindicato dos Advogados de SP, Sindicato dos Bancários de Santos, Sindicato dos Radialistas-SP, Sindicato Unificados dos Químicos de Osasco e Campinas, SINSPREV-SP, Sinpeem, Sintrajud-SP, SINTUSP, Tortura Nunca Mais/RJ.
Plenária contra a privatização do Petróleo e Gás define agenda de atividades até 18 de dezembro |
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Nesse sentido, a expectativa é de que o Fórum contra a Privatização do Petróleo e Gás, que desencadeou esse processo de resistência popular, reivindicando o fim dos leilões e a elaboração de uma nova lei do petróleo, transforme-se num Comitê estadual, que integrará um Comitê de abrangência efetivamente nacional.
Hoje já se constituem vários focos de resistência, contra a entrega do nosso petróleo e gás aos oligopólios internacionais, em vários estados brasileiros. A proposta é unir e estruturar nacionalmente todas essas iniciativas. Com esse objetivo, representantes do Fórum instalado no Rio de Janeiro, que opera nas instalações do Sindicato dos Petroleiros, estarão em São Paulo , no próximo dia 17 de novembro, reunindo-se com a direção nacional do MST, Conlutas, CUT, Intersindical, Assembléia Popular, Jubileu Sul, Consulta Popular, Jornal Brasil de Fato, Via Campesina, dentre outras entidades, visando à construção do Comitê nacional.
A defesa da soberania nacional e das riquezas do pré-sal, que devem ser exploradas tendo em vista os interesses do povo brasileiro, é hoje uma bandeira que une os mais diferentes segmentos da população, além de nacionalistas, social-democratas, anarquistas, socialistas e todos aqueles que têm responsabilidade com o presente e o futuro do Brasil. Uma das idéias é articular um movimento semelhante à vitoriosa campanha contra a ALCA – Área de Livre Comércio das Américas, que culminou com um plebiscito popular, envolvendo a participação de escolas, igrejas, associações de moradores, sindicatos, em que milhões de brasileiros se manifestaram contra a sua criação.
A coordenação provisória do Fórum contra a Privatização do Petróleo e Gás se reunirá na segunda, 3/11, para aprovar um calendário de lutas até a grande atividade que deverá ocorrer no dia 18 de dezembro, em protesto contra a 10ª Rodada de Licitação do Petróleo, promovida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Fonte: Agência Petroleira de NotíciasCantando, pulando, filosofando, representando e apresentando esquetes teatrais, ao som da zabumba, que acompanhava o refrão: ¨quando a Maré encher, quando a Maré encher, quando a Maré encher”. No último dia 18, ao lado da Escola Bahia, próximo à passarela 07 da Avenida Brasil, dezenas de jovens, crianças e adultos protestaram, cantando músicas de vários gêneros musicais. Assim se deu o evento “Fórum Pela Vida, Contra o Extermínio”, um festival de rock, na Favela da Maré, onde cada arranjo tinha como objetivo protestar contra a política de segurança pública. O cenário entorno do festival não podia ser outro; entre transeuntes, camelôs, ambulantes que vendiam suas coisas para sobreviver, tudo de forma natural e sem se dar conta de um verdadeiro ato público.
O palco surgiu de dentro da boléia de um caminhão. A iluminação estava precária, mas, aos poucos, ganhou contraste com os vários flashes das câmeras fotográficas e de vídeos dos que queriam uma imagem nítida daquele movimento. Ao todo, segundo estatísticas dos meios de comunicação presentes, morrem mais de 50 mil pessoas assassinadas por ano no Brasil, e só 1% dos crimes é investigado, resultando em prisões. A violência estampada numa exposição fotográfica no local deixava bem claro o horror da tragédia que já se abateu sobre as vidas de milhares. Em meio à rebeldia e à civilidade, as bandas se organizaram para a apresentação.
As seguintes bandas expuseram seus trabalhos: Reciclasom (percussão em ritmos variados), The Loks, (autoral e pop-rock), Deoxis (autoral alternativo) Aforma (psicodélico), Café Frio (jam de rock 'n roll), Plenitude Modulada (autoral alternativo), Veneto (autoral grunge e alternativo), Levante (autoral), Passarela 10 (autoral nacional), Raça Humana (autoral pop nacional) e Rudah (autoral).
Com gritos, pulos e altas performances, os roqueiros da Maré se revezaram das 19 horas até às 5 da manhã. Um blecaute impediu a apresentação da Banda Algoz. ¨Quando a Maré encher, quando a Maré encher", assim terminou o espetáculo ao som de tambores da Banda Passarela 10, em ritmo de carnaval.
Para mim, foi um grande evento que conseguiu mostrar a toda sociedade que a Maré tem vez, que ela não é só violência, como mostram os veículos de comunicação. A Maré é como o refrão da canção em que diz: “Diversão e arte para qualquer parte, como a vida quer”, é um local onde ainda existe a esperança de uma vida feliz, harmônica e bem ao estilo do refrão: "Alagados da Favela da Maré, a esperança não vem do mar nem das antenas de TV, a arte de viver vem da fé só não se sabe fé em que".
Reinaldo de Jesus Cunha
Presidente da Asfunrio
Na quarta-feira, dia 22 de outubro, acontecerá o primeiro debate de lançamento do Tribunal Popular, instância criada por movimentos sociais para julgar casos de abusos de direitos humanos cometidos pelo Estado brasileiro ao longo dos anos. O tema do debate de quarta-feira será "A violência do Estado brasileiro contra os que lutam por moradia: movimentos sem-teto, comunidades despejadas e o povo de rua".
A união, bem como os Estados e Municípios, vêem tratando a questão da moradia com descaso, sem perceber que ela perpassa uma série de outros problemas sociais e ambientais. Em São Paulo a problemática da moradia no centro da cidade é vista como caso de polícia, e o poder público se recusa a atender as demandas apresentada pelos movimentos sociais. Ao mesmo tempo parece não entender que o crescimento da periferia aliada a expulsão dos moradores do centro é um dos principais fatores para a degradação ambiental em áreas de preservação ao redor da Região Metropolitana (e do próprio município de São Paulo), entretanto reproduzem uma política de higienização e revalorização urbana do espaço central, voltada para a especulação imobiliária. O debate do dia 22 se realizará em um local estratégico e emblemático, na Faculdade de Direito da USP no centro histórico de São Paulo.
O Tribunal Popular está marcado para os dias 04, 05 e 06 de dezembro de 2008, terá como tema: Tribunal Popular: O Estado brasileiro no banco dos réus. A proposta é discutir os crimes e abusos dos direitos humanos nos diversos movimentos sociais: moradia urbana, moradia no meio rural, trabalho, movimento indígena, movimento negro, entre outros.
Debate: Quarta-Feira (22 de outubro), às 19 horas, na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco em São Paulo.
MANIFESTO
Passada uma semana do inicio de uma história que tinha tudo para ter um fim trágico e só a polícia não enxergava isso. Todas (os) nós, acompanhamos a angústia e sofrimento passados pela jovem Eloá de 15 anos que foi mantida refém por 5 dias por seu ex-namorado dentro de sua própria casa.
Durante todo esse tempo o caso era considerado como um crime cometido por um jovem rapaz, trabalhador, inofensivo e que só estava atordoado porque havia sido abandonado por sua namorada, esse foi o tratamento dado ao caso durante todo o tempo seja pela polícia, seja pelos canais de televisão. Só agora depois do trágico desfecho, que acabou com a morte desta jovem de 15 anos e com o grave ferimento de sua amiga Nayara, atingida com um tiro no rosto, começam a vir à tona o que pelo que parece os que conduziam a ação faziam questão de ignorar, relatos de uma relação marcada pelos ciúmes e pela possessividade, de agressões físicas sofridas por esta jovem antes e durante todo o seqüestro, que inclusive já estavam relatadas em depoimento a policia, pois por mais que fizesssem questão de ignorar, estávamos diante de mais um caso de violência contra a mulher.
O sentimento que levou este rapaz a cometer este terrível ato, não foi apenas uma desilusão amorosa e sim os enraizados valores disseminados cotidianamente em nossa sociedade onde a mulher é vista como um objeto, que devem estar a disposição dos homens, sobre as quais eles devem manter o poder sobre seu corpo, seus sentimentos, seus atos e quando não mais for possível domina-las, estes que determinam sobre sua vida e morte.
Valores estes que só neste final de semana, permitiram por assim dizer que em Santo André/SP o ex-namorado de Eloá tirrasse a sua vida; que na Grande Belo Horizonte o ex-marido da jovem Patrícia, de 21 anos, a matasse e fugisse com a filha do casal de 2 anos, e ainda que um vizinho entrasse atirando na casa de uma jovem de 17 anos, só porque ela não queria ter nada com ele.
Assim, ficamos a assistir ao vivo, o jovem Lidemberg determinar a seu bel prazer sobre a vida e a morte das duas jovens que se encontravam sobre seu domínio, diante da passividade de uma polícia e das autoridades que mais pareciam se preocupar com as repercussões de uma possível ação violenta, do que com a vida e a integridade destas 2 jovens. A gravidade do crime passou a ser menosprezada, ou até mesmo, diminuída porque estava sendo cometido “por amor”, ignorando as complexas relações sociais e a dominação masculina, que colocavam a vida destas jovens numa situação de vulnerabilidade ainda maior.
Assim, devemos neste momento nos questionar até quando a nossa sociedade aceitará violências, agressões, tortura e morte das mulheres mascaradas pela desculpa do amor. Até quando permitiremos que o amor em nossa sociedade seja usado como desculpa para manter posse, poder e domínio sobre as mulheres.... Devemos lembrar a velha frase usada pelo movimento feminista, mais infelizmente, ainda longe de sair de contexto: QUEM AMA NÃO MATA! Devemos ficar atentas pois na nossa sociedade esta mais que provado que O MACHISMO MATA!!!
Por isso devemos nos unir e espalhar por todos os cantos deste país : chega de machismo, chega de violência, chega de mortes.... POR MIM, POR NÓS E PELAS OUTRAS: NÃO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!