quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Plenária do Fórum Nacional contra Privatização do Petróleo e Gás

Plenária contra a privatização do Petróleo e Gás define agenda de atividades até 18 de dezembro Imprimir E-mail

Com a participação de inúmeras entidades, a Plenária do Fórum contra a Privatização do Petróleo e Gás avaliou, no último dia 29/10, que a Campanha “O petróleo tem que ser nosso” está entrando em nova fase, onde todos os esforços devem estar dirigidos para a construção de uma grande unidade nacional e a multiplicação dos comitês, nos estados e municípios, que darão um novo fôlego e uma nova dinâmica à campanha.

Nesse sentido, a expectativa é de que o Fórum contra a Privatização do Petróleo e Gás, que desencadeou esse processo de resistência popular, reivindicando o fim dos leilões e a elaboração de uma nova lei do petróleo, transforme-se num Comitê estadual, que integrará um Comitê de abrangência efetivamente nacional.

Hoje já se constituem vários focos de resistência, contra a entrega do nosso petróleo e gás aos oligopólios internacionais, em vários estados brasileiros. A proposta é unir e estruturar nacionalmente todas essas iniciativas. Com esse objetivo, representantes do Fórum instalado no Rio de Janeiro, que opera nas instalações do Sindicato dos Petroleiros, estarão em São Paulo , no próximo dia 17 de novembro, reunindo-se com a direção nacional do MST, Conlutas, CUT, Intersindical, Assembléia Popular, Jubileu Sul, Consulta Popular, Jornal Brasil de Fato, Via Campesina, dentre outras entidades, visando à construção do Comitê nacional.

A defesa da soberania nacional e das riquezas do pré-sal, que devem ser exploradas tendo em vista os interesses do povo brasileiro, é hoje uma bandeira que une os mais diferentes segmentos da população, além de nacionalistas, social-democratas, anarquistas, socialistas e todos aqueles que têm responsabilidade com o presente e o futuro do Brasil. Uma das idéias é articular um movimento semelhante à vitoriosa campanha contra a ALCA – Área de Livre Comércio das Américas, que culminou com um plebiscito popular, envolvendo a participação de escolas, igrejas, associações de moradores, sindicatos, em que milhões de brasileiros se manifestaram contra a sua criação.

A coordenação provisória do Fórum contra a Privatização do Petróleo e Gás se reunirá na segunda, 3/11, para aprovar um calendário de lutas até a grande atividade que deverá ocorrer no dia 18 de dezembro, em protesto contra a 10ª Rodada de Licitação do Petróleo, promovida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Fonte: Agência Petroleira de Notícias

domingo, 26 de outubro de 2008

MARÉ DO ROCK CONTRA O EXTERMÍNIO



http://www.asfunrio.org.br/editorias2008/eventos/festivalmare/festivalmarederock.htm

MARÉ DO ROCK CONTRA O EXTERMÍNIO

Cantando, pulando, filosofando, representando e apresentando esquetes teatrais, ao som da zabumba, que acompanhava o refrão: ¨quando a Maré encher, quando a Maré encher, quando a Maré encher”. No último dia 18, ao lado da Escola Bahia, próximo à passarela 07 da Avenida Brasil, dezenas de jovens, crianças e adultos protestaram, cantando músicas de vários gêneros musicais. Assim se deu o evento “Fórum Pela Vida, Contra o Extermínio”, um festival de rock, na Favela da Maré, onde cada arranjo tinha como objetivo protestar contra a política de segurança pública. O cenário entorno do festival não podia ser outro; entre transeuntes, camelôs, ambulantes que vendiam suas coisas para sobreviver, tudo de forma natural e sem se dar conta de um verdadeiro ato público.

O palco surgiu de dentro da boléia de um caminhão. A iluminação estava precária, mas, aos poucos, ganhou contraste com os vários flashes das câmeras fotográficas e de vídeos dos que queriam uma imagem nítida daquele movimento. Ao todo, segundo estatísticas dos meios de comunicação presentes, morrem mais de 50 mil pessoas assassinadas por ano no Brasil, e só 1% dos crimes é investigado, resultando em prisões. A violência estampada numa exposição fotográfica no local deixava bem claro o horror da tragédia que já se abateu sobre as vidas de milhares. Em meio à rebeldia e à civilidade, as bandas se organizaram para a apresentação.

As seguintes bandas expuseram seus trabalhos: Reciclasom (percussão em ritmos variados), The Loks, (autoral e pop-rock), Deoxis (autoral alternativo) Aforma (psicodélico), Café Frio (jam de rock 'n roll), Plenitude Modulada (autoral alternativo), Veneto (autoral grunge e alternativo), Levante (autoral), Passarela 10 (autoral nacional), Raça Humana (autoral pop nacional) e Rudah (autoral).

Com gritos, pulos e altas performances, os roqueiros da Maré se revezaram das 19 horas até às 5 da manhã. Um blecaute impediu a apresentação da Banda Algoz. ¨Quando a Maré encher, quando a Maré encher", assim terminou o espetáculo ao som de tambores da Banda Passarela 10, em ritmo de carnaval.

Para mim, foi um grande evento que conseguiu mostrar a toda sociedade que a Maré tem vez, que ela não é só violência, como mostram os veículos de comunicação. A Maré é como o refrão da canção em que diz: “Diversão e arte para qualquer parte, como a vida quer”, é um local onde ainda existe a esperança de uma vida feliz, harmônica e bem ao estilo do refrão: "Alagados da Favela da Maré, a esperança não vem do mar nem das antenas de TV, a arte de viver vem da fé só não se sabe fé em que".

Reinaldo de Jesus Cunha
Presidente da Asfunrio

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Movimentos Sociais criam Tribunal Popular

Por TRIBUNAL POPULAR 22/10/2008 às 09:17

Na quarta-feira, dia 22 de outubro, acontecerá o primeiro debate de lançamento do Tribunal Popular, instância criada por movimentos sociais para julgar casos de abusos de direitos humanos cometidos pelo Estado brasileiro ao longo dos anos. O tema do debate de quarta-feira será "A violência do Estado brasileiro contra os que lutam por moradia: movimentos sem-teto, comunidades despejadas e o povo de rua".

A união, bem como os Estados e Municípios, vêem tratando a questão da moradia com descaso, sem perceber que ela perpassa uma série de outros problemas sociais e ambientais. Em São Paulo a problemática da moradia no centro da cidade é vista como caso de polícia, e o poder público se recusa a atender as demandas apresentada pelos movimentos sociais. Ao mesmo tempo parece não entender que o crescimento da periferia aliada a expulsão dos moradores do centro é um dos principais fatores para a degradação ambiental em áreas de preservação ao redor da Região Metropolitana (e do próprio município de São Paulo), entretanto reproduzem uma política de higienização e revalorização urbana do espaço central, voltada para a especulação imobiliária. O debate do dia 22 se realizará em um local estratégico e emblemático, na Faculdade de Direito da USP no centro histórico de São Paulo.

O Tribunal Popular está marcado para os dias 04, 05 e 06 de dezembro de 2008, terá como tema: Tribunal Popular: O Estado brasileiro no banco dos réus. A proposta é discutir os crimes e abusos dos direitos humanos nos diversos movimentos sociais: moradia urbana, moradia no meio rural, trabalho, movimento indígena, movimento negro, entre outros.

Debate: Quarta-Feira (22 de outubro), às 19 horas, na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco em São Paulo.

Blog do Tribunal

Por mim, por nós e pelas outras: Não a violência contra a Mulher

MANIFESTO

Passada uma semana do inicio de uma história que tinha tudo para ter um fim trágico e só a polícia não enxergava isso. Todas (os) nós, acompanhamos a angústia e sofrimento passados pela jovem Eloá de 15 anos que foi mantida refém por 5 dias por seu ex-namorado dentro de sua própria casa.

Durante todo esse tempo o caso era considerado como um crime cometido por um jovem rapaz, trabalhador, inofensivo e que só estava atordoado porque havia sido abandonado por sua namorada, esse foi o tratamento dado ao caso durante todo o tempo seja pela polícia, seja pelos canais de televisão. Só agora depois do trágico desfecho, que acabou com a morte desta jovem de 15 anos e com o grave ferimento de sua amiga Nayara, atingida com um tiro no rosto, começam a vir à tona o que pelo que parece os que conduziam a ação faziam questão de ignorar, relatos de uma relação marcada pelos ciúmes e pela possessividade, de agressões físicas sofridas por esta jovem antes e durante todo o seqüestro, que inclusive já estavam relatadas em depoimento a policia, pois por mais que fizesssem questão de ignorar, estávamos diante de mais um caso de violência contra a mulher.

O sentimento que levou este rapaz a cometer este terrível ato, não foi apenas uma desilusão amorosa e sim os enraizados valores disseminados cotidianamente em nossa sociedade onde a mulher é vista como um objeto, que devem estar a disposição dos homens, sobre as quais eles devem manter o poder sobre seu corpo, seus sentimentos, seus atos e quando não mais for possível domina-las, estes que determinam sobre sua vida e morte.

Valores estes que só neste final de semana, permitiram por assim dizer que em Santo André/SP o ex-namorado de Eloá tirrasse a sua vida; que na Grande Belo Horizonte o ex-marido da jovem Patrícia, de 21 anos, a matasse e fugisse com a filha do casal de 2 anos, e ainda que um vizinho entrasse atirando na casa de uma jovem de 17 anos, só porque ela não queria ter nada com ele.

Assim, ficamos a assistir ao vivo, o jovem Lidemberg determinar a seu bel prazer sobre a vida e a morte das duas jovens que se encontravam sobre seu domínio, diante da passividade de uma polícia e das autoridades que mais pareciam se preocupar com as repercussões de uma possível ação violenta, do que com a vida e a integridade destas 2 jovens. A gravidade do crime passou a ser menosprezada, ou até mesmo, diminuída porque estava sendo cometido “por amor”, ignorando as complexas relações sociais e a dominação masculina, que colocavam a vida destas jovens numa situação de vulnerabilidade ainda maior.

Assim, devemos neste momento nos questionar até quando a nossa sociedade aceitará violências, agressões, tortura e morte das mulheres mascaradas pela desculpa do amor. Até quando permitiremos que o amor em nossa sociedade seja usado como desculpa para manter posse, poder e domínio sobre as mulheres.... Devemos lembrar a velha frase usada pelo movimento feminista, mais infelizmente, ainda longe de sair de contexto: QUEM AMA NÃO MATA! Devemos ficar atentas pois na nossa sociedade esta mais que provado que O MACHISMO MATA!!!

Por isso devemos nos unir e espalhar por todos os cantos deste país : chega de machismo, chega de violência, chega de mortes.... POR MIM, POR NÓS E PELAS OUTRAS: NÃO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!


Para assinar:
iaramora@camtra.org.br
camtra@camtra.org.br
Página: www.camtra.org.br





sexta-feira, 3 de outubro de 2008

DIA 16/10 - DIA DE LUTA!

Mulheres fazem manifestação em frente a supermercado no Centro do Rio
Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)

Diversos movimentos e organizações sociais realizaram, no dia 16/10, uma atividade contra o aumento exorbitante do preço dos alimentos. O ato, denominado “Mulheres em luta pela soberania alimentar”, foi organizado centralmente pelo movimento de mulheres. O ponto alto da manifestação aconteceu em frente ao supermercados Sendas da Rua do Riachuelo. As manifestantes param em frente a empresa e estenderam um longo tapete-painel lilás com frases de denúncia do sistema capitalista, estabelecendo a relação entre a alta dos preços dos alimentos e a imprescindível resistência das mulheres.

- O ato com protagonismo das mulheres buscava chamar a atenção do povo carioca. O tema também é de grande apelo popular. A alta dos alimentos está na boca e no bolso do povo. As pessoas não estão conseguindo pagar seis reais pelo quilo do feijão – argumenta Luciana Miranda, da coordenação do MST e da comissão organizadora do ato que reunia muitas outras organizações como a Central de Movimentos Populares, PACS, CAMTRA, Setorial de Mulheres do PSOL, Intersindical, Conlutas, Sepe, Marcha Mundial de Mulheres, Liberdade Lilás, Mandato do Marcelo Freixo, Comissão Pastoral da Terra, Rede Jubileu Sul, DCEs da UFF, UFRJ e UERJ.

A concentração da manifestação foi na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio. De lá, a passeata partiu até o supermercado que materializou em si todas as grandes redes de empresas que insistem em tratar o alimento como mera mercadoria e não como direito do povo. Embora uma manifestação sempre gere transtornos para os transeuntes, essa impressionou pelo grau de adesão. As pessoas gritavam frases de apoio.

- Está tudo muito caro. Você vem um dia é um preço, no dia seguinte já aumentou. Assim não dá. Tem que gritar mesmo. Esse ato foi uma boa idéia – comenta a dona-de-casa e moradora do Centro Regina Mendonça.

Embora a manifestação tivesse como bandeira a luta feminista por uma nova economia e uma nova sociedade, em defesa da soberania alimentar e contra o agronegócio que massacra a nossa terra e nosso povo, muitos homens se somaram a atividade.

- Os alimentos estão muito caros. Isso está demais! Sou trabalhador e está difícil comprar comida para levar para casa. Tem que fazer muita manifestação como essa para esses caras se mancarem – disse o pintor Pedro Dionísio Filho, de 45 anos e morador de Santa Teresa.

A atividade também defendeu a agroecologia como projeto político para alcançar a soberania alimentar, o reconhecimento e fortalecimento do trabalho produtivo das mulheres, a reforma urbana e agrária, o direito ao trabalho em condições dignas e bem remuneradas, entre outros pontos.




































Na parte da tarde, mulheres do MST/Via Campesina protagonizaram um ato em uma conhecida empresa de produtos e serviços no campo da agricultura e polímeros: Bayer. Na realidade, a empresa é uma grande produtora de agrotóxicos. A Bayer produz agrotóxicos e sementes transgênicos de milho que degradam o meio ambiente e prejudicam a saúde. A Via Campesina, em contraposição, defende a reforma agrária e uma política de apoio à agricultura familiar.

- A Bayer é uma transnacional que domina grande parte das sementes e agrotóxicos comercializados no país. É combatendo a produção de veneno que nós fazemos essa manifestação como um contraponto. Queremos propor uma outra lógica de relação do homem com o campo. Defendemos a agroecologia. A Bayer é uma transnacional que monopoliza a produção de sementes, usa os venenosos agrotóxicos, rouba nossas riquezas e explora os trabalhadores brasileiros. Fizemos esse ato aqui pois a Bayer representa tudo que combatemos – conta Eliana Souza, direção estadual do MST.

A jornada de lutas também continuou na cidade com uma manifestação unitária que caminhou da Candelária ao Consulado dos EUA, também na parte da tarde. O eixo da caminhada foi "Que os ricos paguem pela crise", e contou com a mobilização de estudantes e categorias em greve.


Matérias veiculadas na "Grande" Imprensa:
http://odia.terra.com.br/rio/htm/mulheres_fazem_pichacoes_no_centro_206527.asp
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/10/15/e151024078.html
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL802123-5598,00-MST+E+VIA+CAMPESINA+FAZEM+PROTESTOS+EM+ESTADOS.html
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/10/16/e161024430.html

MARÉ DE ROCK, PELA VIDA E CONTRA O EXTERMÍNIO

Veja o vídeo do evento em: http://br.youtube.com/watch?v=P1YuaAO4MLQ
ou na barra de vídeos desse blogg (acima do lado direito)