quarta-feira, 4 de novembro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Pólo Industrial de Sepetiba: desenvolvimento para quem e para quê?
Seminário RegionalCampo Grande 31/10 - sábado das 9 às 18hNa Igreja Nossa Senhora do Desterro
Há muito tempo, a Baía de Sepetiba vem sendo destino de grandes indústrias que colocam em risco a saúde de sua população, comprometem a qualidade de vida dos moradores e destroem a natureza.O maior desastre: a contaminação das águas causada pelo derramamento de toneladas de metais pesados de propriedade da Ingá, ainda está vivo na memória e se faz sentir no dia-a-dia da maior parte dos moradores. Os danos e prejuízos causados jamais foram discutidos, punidos nem revertidos.
Nos últimos anos, a crise econômica e o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio de Janeiro acentuam no Brasil um modelo de desenvolvimento crescimentista e depredador e colocam a Baía de Sepetiba em xeque novamente. A construção de um enorme pólo industrial e portuário, com portos privados para escoamento de minério de ferro e a construção de estaleiros, usinas siderúrgicas e termelétricas, ameaça a vida e a natureza da região. Os governos apóiam e aceleram a instalação desses projetos com financiamento do BNDES, isenções fiscais e flexibilização das legislações ambientais e trabalhistas. Mas pouco se discute sobre os efeitos desses projetos sobre a população e a natureza da Baía de Sepetiba.Vários grupos, organizações e movimentos sociais, juntamente com moradores e pescadores da Baía de Sepetiba vêm discutindo os problemas que estes projetos trarão para região.
Em um seminário realizado em junho de 2008 intitulado "Pólo Siderúrgico de Sepetiba: Desenvolvimento para quê? Para quem?" fez-se um retrato da região e se discutiu os impactos deste modelo de desenvolvimento. Este ciclo será composto por três seminários locais (Ilha da Madeira, Itaguaí e Pedra de Guaratiba) e um seminário regional em Campo Grande a partir do acumulado destes três seminários locais.
Partiremos de quatro perguntas:
- Qual o balanço de perdas e ganhos de tais projetos?
- Quem ganhará e quem perderá com eles?
- Como ficará a vida na Baía de Sepetiba quando estes projetos estiverem sendo construídos?
- O que será da natureza da Baía de Sepetiba quando estes empreendimentos estiverem funcionando?
Informações:Fone: 22102124secretaria@pacs.org.br
Organização: PACS, MST, Fé e Política/Sepetiba; AAPP; Apescari; APLIM; Núcleo Socialista de Campo Grande; Pastoral do Trabalhador (Zona Oeste); Fórum do Meio Ambiente do Trabalhador.
----------------------------------------------------
Reunião para organização de um ATO contra a Criminalização do MST no RJDia 04/11 - 4a feira - às 18h30 no SEPERua Evaristo da Veiga 55/7o andar
Manifesto em defesa do MST
Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais
As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo.Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.Bloquear a reforma agráriaHá um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário é deslocado dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.Concentração fundiáriaA concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no 1º semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano.Não violênciaA estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária. É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.Contra a criminalização das lutas sociaisConvocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.
Assinam esse documento:
Eduardo Galeano - UruguaiIstván Mészáros - InglaterraAna Esther Ceceña - MéxicoBoaventura de Souza Santos - PortugalDaniel Bensaid - FrançaIsabel Monal - CubaMichael Lowy - FrançaClaudia Korol - ArgentinaCarlos Juliá – Argentina
Miguel Urbano Rodrigues - PortugalCarlos Aguilar - Costa Rica
Ricardo Gimenez - Chile
Pedro Franco - República Dominicana
Para subscrever esse manifesto, clique no link: http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html
------------------------------------------------------
COMPANHEIR@S, LEMBRANDO A TODOS QUE NA TERÇA-FEIRA, DIA 3, APÓS O FERIADO DE SEGUNDA, ESTÁ CONFIRMADA A REUNIÃO NO SEPE ÀS 17H (Rua Evaristo da Veiga, 55, 7o andar)
Importante a presença de todos para a avaliação do processo e para a continuidade das ações definidas na última segunda, além da organizaça.
Panfleto do Ato de 05/11
Veja em: http://www.poroutrasegurancapublica.blogspot.com/
Assine o manifesto em: http://www.ipetitions.com/petition/manifestosegurancapublica
domingo, 11 de outubro de 2009
Próxima PMS
Dia 14/10 (4a feira)
às 18hs no SEPE
Evaristo da veiga 55, 7º andar
Proposta de pauta:
1) Avaliação do Grito dos Excluídos
2) Calendário de Lutas
3) Seminário da Plenária dos Movimentos Sociais
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
A BAÍA DE SEPETIBA PEDE SOCORRO!
Ciclo de Debates:
Pólo Industrial de Sepetiba: desenvolvimento para quem e para quê?
Ilha da Madeira – 19/09/2009
sábado 9:00 - 16:00h
Na Sede da APLIM
Sepetiba – 03/10/2009
sábado 9:00 - 16:00 h
No Centro Comunitário Santo Expedito
Pedra de Guaratiba 17/10/2009
sábado 9:00 - 16:00 h
No CIEP Heitor dos Prazeres
Seminário Regional:
Campo Grande 30 e 31/10
sexta à noite e sábado das 9 às 18h
Na Igreja Nossa Senhora do Desterro
Há muito tempo, a Baía de Sepetiba vem sendo destino de grandes indústrias que colocam em risco a saúde de sua população, comprometem a qualidade de vida dos moradores e destroem a natureza.O maior desastre: a contaminação das águas causada pelo derramamento de toneladas de metais pesados de propriedade da Ingá, ainda está vivo na memória e se faz sentir no dia-a-dia da maior parte dos moradores. Os danos e prejuízos causados jamais foram discutidos, punidos nem revertidos.
Nos últimos anos, a crise econômica e o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio de Janeiro acentuam no Brasil um modelo de desenvolvimento crescimentista e depredador e colocam a Baía de Sepetiba em xeque novamente. A construção de um enorme pólo industrial e portuário, com portos privados para escoamento de minério de ferro e a construção de estaleiros, usinas siderúrgicas e termelétricas, ameaça a vida e a natureza da região. Os governos apóiam e aceleram a instalação desses projetos com financiamento do BNDES, isenções fiscais e flexibilização das legislações ambientais e trabalhistas. Mas pouco se discute sobre os efeitos desses projetos sobre a população e a natureza da Baía de Sepetiba.Vários grupos, organizações e movimentos sociais, juntamente com moradores e pescadores da Baía de Sepetiba vêm discutindo os problemas que estes projetos trarão para região.
Em um seminário realizado em junho de 2008 intitulado "Pólo Siderúrgico de Sepetiba: Desenvolvimento para quê? Para quem?" fez-se um retrato da região e se discutiu os impactos deste modelo de desenvolvimento. Este ciclo será composto por três seminários locais (Ilha da Madeira, Itaguaí e Pedra de Guaratiba) e um seminário regional em Campo Grande a partir do acumulado destes três seminários locais. Partiremos de quatro perguntas:
- Qual o balanço de perdas e ganhos de tais projetos?
- Quem ganhará e quem perderá com eles?
- Como ficará a vida na Baía de Sepetiba quando estes projetos estiverem sendo construídos?
- O que será da natureza da Baía de Sepetiba quando estes empreendimentos estiverem funcionando?
Informações:
Fone: 22102124
secretaria@pacs.org.br
Organização: PACS, MST, Fé e Política/Sepetiba; AAPP; Apescari; APLIM; Núcleo Socialista de Campo Grande; Pastoral do Trabalhador (Zona Oeste); Fórum do Meio Ambiente do Trabalhador.
Apoio: Fundação Rosa Luxemburgo
A violência na Maré
NOTA PÚBLICA
Confrontos armados, participação de policiais em ações do tráfico e descaso de autoridades refletem uma política de segurança que desconsidera a vida do morador da favela.
Na madrugada do dia 30 de maio de 2009, um grupo de traficantes da Baixa do Sapateiro iniciou a tentativa de tomar os pontos de vendas de drogas controlados por outra facção criminosa em uma comunidade vizinha, a Vila dos Pinheiros. Oito escolas e cinco creches ficaram fechadas por mais de uma semana, deixando cerca de 10 mil alunos sem aula. Desde então, moradores do conjunto de favelas da Maré vivem uma rotina de extrema violência que é muito pouco divulgada nos meios de comunicação. As autoridades, por sua vez, permanecem com uma postura que é de descaso e, diante do apoio de agentes do Estado nas ações criminosas, também de conivência.
Os confrontos armados são diários. O movimento do comércio é constantemente interrompido e há diversos relatos de casas invadidas, quedas de luz, além de um altíssimo número de mortos e feridos. Nos primeiros quinze dias de conflitos na Maré, em junho, quando a imprensa chegou a dar algum espaço para a situação vivida pelas comunidades, 19 mortes foram noticiadas. No entanto, um levantamento entre moradores aponta para mais de 50 mortes desde o início dos confrontos, há quase quatro meses. Segundo F.S.C., moradora do Morro do Timbau, as pessoas têm medo de sair de suas casas: “Passei uma semana sem poder ver meus pais, que moram na Vila do João. Minha mãe já ficou vários dias sem sair para trabalhar e às vezes tem que voltar no meio do caminho, pois os tiroteios recomeçam e ela fica exposta".
Um dos mais graves relatos aponta que policiais teriam participado da invasão à Vila dos Pinheiros. Moradores afirmam que três veículos blindados da Polícia Militar – os chamados 'caveirões' – foram ‘alugados’ para traficantes de uma das facções envolvidas. Na Maré, esta é uma informação naturalizada. “Todo mundo aqui sabe disso. Várias pessoas viram”, afirma R.A., morador do Conjunto Esperança.
A denúncia do aluguel de caveirões chegou até as autoridades e foi noticiada por um grande jornal do Rio de Janeiro, mas não foi suficiente para iniciar um debate amplo sobre a situação de extrema violência na Maré e sobre a responsabilidade do governo. Pelo contrário: assim que a notícia veio a público, a Secretaria de Segurança se apressou em desqualificá-la, em contradição evidente com falas anteriores do secretário José Mariano Beltrame, que por diversas vezes já havia ressaltado a importância de denúncias anônimas para as investigações policiais. Nem mesmo o novo comandante da Polícia Militar, Mario Sergio Duarte, que já esteve à frente do 22º Batalhão, arriscou um pronunciamento responsável.
A reação da cúpula da segurança do estado - negando os fatos antes de investigá-los - reflete a tônica deste governo: descaso com os relatos dos moradores das comunidades pobres e acobertamento de ações criminosas praticadas pela corporação policial. O silêncio do governador Sérgio Cabral é, indiscutivelmente, um reflexo dessa indiferença com que os governantes tratam os bairros pobres do Rio de Janeiro, mas pode esconder também uma estratégia perversa: a do “quanto pior, melhor”. Depois de meses de ausência deliberada, não seria surpresa se o Estado aparecesse na Maré vendendo como “solução” a realização de mais uma mega-operação policial – como a do Complexo do Alemão, que em 2007 levou o terror às comunidades e resultou na chacina de 19 pessoas em apenas um dia.
Em menos de quatro meses, entre maio e agosto daquele ano, foram registrados pelo menos 44 mortos e 81 feridos durante as incursões policiais no Alemão. Escolas e creches também foram fechadas, e os moradores ficaram sem poder sair de casa. Constata-se objetivamente que o efeito prático das ações policiais violentas do atual governo do Rio de Janeiro é o mesmo dos tiroteios entre traficantes: o desrespeito à vida e à liberdade do povo das favelas.
No último dia 12 de julho, o jornal O Globo publicou a matéria “Covil do Tráfico”, em que a cúpula da segurança do estado, ao apontar o Alemão como reduto importante do tráfico de drogas, reconhece a completa ineficácia da ação de dois anos atrás. No entanto, as autoridades prometem repetir as mega-operações policiais, até mesmo como pré-requisito para a implantação de um modelo que vem sendo vendido como novo paradigma na política de segurança do Rio de Janeiro e que ganha contornos eleitoreiros: a chamada política “de pacificação”.
Ao contrário do que é pintado no discurso oficial, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não rompem com a lógica das políticas de segurança que vêm sendo implementadas seguidamente pelos últimos governos. São diversos os casos documentados de agressão física e de abuso de autoridade envolvendo agentes das UPPs. Além disso, com base em conceitos higienistas e de superioridade de classe, proíbe-se arbitrariamente certas formas de organização social e cultural construídas historicamente nas favelas. Ou seja, a atuação da polícia permanece estruturada em uma relação tensa de controle e confronto com a população negra e pobre, com a restrição de liberdades e a imposição de uma autoridade baseada na coerção de suas armas. De fato, as diversas formas de violência policial são consequência da secular orientação ao militarismo e à brutalidade dentro de comunidades pobres.
Nos últimos anos, o Estado vem seguidamente realizando ações policiais violentas e desastrosas na Maré. Foram muitos casos emblemáticos, mas apenas alguns poucos se tornaram públicos. Em dezembro de 2008, o pequeno Matheus Rodrigues, de oito anos, morreu na porta da casa de sua mãe quando saía de casa para comprar pão e foi atingido no rosto por um tiro de fuzil disparado por policiais. Menos de cinco meses depois, em abril deste ano, o jovem Felipe Correia, de 17 anos, conversava com amigos há cerca de dez metros da casa de sua família. Quatro policiais militares sem uniforme dispararam apenas um tiro de fuzil, que acertou a cabeça do rapaz. Os dois crimes envolvem policiais do 22º Batalhão, o mesmo que é acusado de alugar o caveirão.
Casos como esses trazem a certeza de que o caminho para o fim do sofrimento dos moradores não pode, sob nenhuma hipótese, passar por operações policiais violentas. No último domingo, dia 20, um ato contra a violência reuniu 600 pessoas e percorreu as comunidades da Maré afetadas diretamente com os confrontos dos últimos meses. A manifestação, não à toa, foi realizada no dia em que o menino Matheus e o jovem Felipe fariam aniversário.
As organizações abaixo-assinadas se somam em solidariedade ao povo da Maré e reafirmam, categoricamente, que não aceitam mais uma política de segurança que encare a favela como território inimigo e que obedeça a uma lógica de exclusão, em que se governa apenas para alguns e se reserva a outros a violência da repressão, do controle e, frequentemente, do extermínio.
JUSTIÇA GLOBAL
PARA ASSINAR ESSE MANIFESTO ENVIE UM EMAIL PARA manifestomare@gmail.com
Maré se une pelo fim da violência
Com um carro de som e a percussão do bloco Se benze que dá, a caminhada — com bandeiras de vários países simbolizando a união dos povos — durou duas horas. No auto-falante, músicas religiosas se misturaram a palavras de ordem e a sambas, todos com letras de valorização da paz e da vida. Houve ainda atividades de arte para as crianças, que produziram faixas pedindo o fim da violência.
“É muito importante esse tipo de manifestação. Tinha que ter muito mais, uma vez por mês pelo menos seria bom, mas para mudar as coisas tinha que ter mais investimento em educação e saúde”, disse o vendedor Wesckley, de 27 anos, morador do Conjunto Esperança.
Buracos de balas nas paredes e cápsulas pelo chão eram os sinais concretos da violência observados durante todo o percurso. O último tiroteio ocorreu na tarde do sábado (19/9). Mas os conflitos se tornaram rotina diária a partir de maio, com dezenas de mortes, embora sem qualquer visibilidade pública ou posicionamento das autoridades. “A situação na Maré é dramática e a repercussão na sociedade é mínima. A grande mídia não reporta o que acontece. Tinham que estar aqui todos os deputados estaduais, federais e os vereadores, pois essa situação é de calamidade pública. O pobre não tem respeitado o seu direito à paz, tem que se mobilizar para conquistá-la”, disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL).
Obs.: Esta reportagem é uma produção coletiva de comunicadores populares da Maré.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
GRITO DOS EXCLUÍDOS
VIDA
O Grito dos Excluídos traz para as ruas a indignação dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o país. Pretendemos anunciar os sinais de esperança através da unidade, da organização e da luta popular, e denunciar todas as formas de injustiça em nosso país.
Neste momento, em que o capitalismo atravessa uma grave crise, os patrões e governos, com o apoio dos jornais e da televisão, tentam enganar o povo para explorar ainda mais os trabalhadores e as trabalhadoras.
O Governo Federal investe nos bancos e empresas o dinheiro público que deveria ir para a saúde, educação, moradia e Reforma Agrária. A crise serve como desculpa para demissões massivas, perda de direitos, redução de salários, destruição ainda maior da natureza. Avançando ainda mais à criminalização dos pobres e dos que lutam e resistem.
Sérgio Cabral e Eduardo Paes privatizam os serviços públicos e tratam o povo trabalhador como criminoso. Reprimem com violência os que trabalham como ambulantes e os moradores de rua, despejam famílias, derrubam suas casas e assassinam o povo pobre nas comunidades.
Todos
-
-
-
-
-
- Por saúde e educação pública de qualidade
- Contra a corrupção. Por uma Reforma Política que garanta participação popular nas decisões do País.
- Pela atualização dos índices de produtividade para o avanço da Reforma Agrária
“O POVO TEM A FORÇA, SÓ PRECISA DESCOBRIR”
(MC Kátia e Rasta)
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Plenária do Grito
GRITO DOS/AS EXCLUÍDOS/AS - 2009
A Força da Transformação Está na Organização Popular
Quarta Plenária Preparatória do Ato Unificado
Data: 31/08/09
(segunda-feira)
Local: SIMERJ (Metroviários) - Av. Rio Branco, 277 - 4º andar (Auditório)
Horário: 19 hs
quinta-feira, 23 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Audiência Pública para tratar dos impactos socioterritoriais da CSA
Sexta-feira, 26/06/2009, 10h
Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Tramita, na Câmara Municipal, Projeto de Lei 01/2009, que concede novas isenções fiscais para os serviços vinculados à construção e à operação da Usina Siderúrgica do Atlântico e reduz uma série de contrapartidas socioambientais do empreendimento com a população do Rio de Janeiro. A audiência pública terá o objetivo de levantar aspectos dos impactos socioambientais das obras e analisar a eficácia das medidas compensatórias realizadas até agora.
Instituições convidadas:
Secretaria Estadual do Ambiente (SEA)
Secretaria Municipal de Fazenda (SMF)
ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico Ltda. (TKCSA)
Federação das Associações dos Pescadores Artesanais do Estado do Rio de Janeiro (FAPESCA)
Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ)
Maiores informações: 3814-2008 - A/C Jorge Borges
A CRISE MUNDIAL E O DIA A DIA DO POVO
A CRISE MUNDIAL E O DIA A DIA DO POVO: IMPACTOS E ALTERNATIVAS
Dia: 27 de junho (sábado)
Local: Ação da Cidadania – Barão de Tefé, 75, Santo Cristo (próximo à Praça Mauá)
Horário: 08h às 18h
Obs.: favor trazer prato, talheres e copo.
Secretaria: MST 22230502 ; PACS 22102124
Organização: MST, Ação da Cidadania, PACS, Rede Jubileu Sul, Central dos Movimentos Populares, Movimentos dos Trabalhadores Desempregados.
PROGRAMA:
8h 00min Chegada e inscrição 8h 30min Mística de abertura
9h 00min Fila do povo: Como a crise está afetando o dia a dia nas comunidades? (depoimentos de 3 min dos participantes do curso)
9h 30min Mesa “A crise mundial e o dia a dia do povo: impactos e alternativas”
João Pedro Stedile – MST
Paulo Passarinho - CORECON
11h 30min Fila do povo com perguntas e comentários
12h 30min Almoço
14h 00min Inicio dos trabalhos em grupo
16h 00min Plenária com a apresentação dos trabalhos de grupos
16h 30min Plenária final: O que podemos fazer juntos e juntas?
18h 00min Mística de Encerramento
INSCRIÇÃO (enviar para secretaria@pacs. org.br)
NOME/ ENDEREÇO/TELEFONE/CORREIO ELETRÔNICO/ORGANIZAÇÃO/POR QUE VOCÊ QUER FAZER ESTE CURSO?
MANIFESTAÇÃO POLÍTICO CULTURAL NO SANTA MARTA
Programação:
16h - Início das Atividades com os Grafiteiros Gaiato, Acme, Eco e Noé
17h30 - Intervenção Teatral da Cia Marginal (da Maré)
18h - Roda de Funk comandada por Fiell, MC Leonardo e Mano Teko, com participação especial de rappers do Visão da Favela Brasil e do "O levante", além da apresentação dos alunos do projeto Costa Break do Lutarmada.
A atividade será na Praça do Cantão.
Aguardamos a presença de todos e todas!
Audiência Pública
“Autos de Resistência”
Dia 30/06 (3ª feira)
10 horas
sala 316 da ALERJ
(Palácio Tiradentes)
Curso sobre a Crise do Capitalismo
PROGRAMAÇÃO:
O referencial teórico marxista para compreender a Crise
13 de julho às 18:30h
Marcelo Carcanholo (UFF)
Mauro Iasi (UFRJ)
As Crises do Capitalismo
21 de julho às 18:30h
Leda Paulani (USP)
Paulo Passarinho (CORECON/RJ)
A Crise e os Trabalhadores
29 de julho às 18:30h
Márcio Pochmann (IPEA)
Ruy Moreira (UFF)
Estado, poder e mídia na Crise do Capitalismo
06 de agosto às 18:30h
Vito Gianotti (NPC)
José Arbex Jr. (PUC- SP)
Reflexões sobre as saídas para a crise
11 de agosto às 18:30h
João Pedro Stedile (MST)
Virgínia Fontes (UFF)
HORÁRIO: 18:30h às 21:30h.
LOCAL: CORECON/RJ
Avenida Rio Branco, 109, 19º. andar - Centro
INSCRIÇÕES: até 11 de julho . Vagas limitadas.
VALOR: R$ 150,00 – pagamento em 4x no Cheque ou Cartão de Crédito (Mastercard ou Visa).
Cada inscrito receberá uma assinatura ou renovação anual do Jornal Brasil de Fato.
CONTATOS:
• Correio eletrônico: cursobrasildefatorj@gmail.com
• Telefone: (21) 2240.8496 – Isabella
CERTIFICADO: 20 horas de atividade para os participantes.
PROMOÇÃO:
ENFF – Escola Nacional Florestan Fernandes
NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação
CORECON / RJ – Conselho Regional de Economia
Apoio:
BRASIL DE FATO / EXPRESSÃO POPULAR
segunda-feira, 25 de maio de 2009
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES DESEMPREGADOS CONVIDA
“Se eu não puder dançar nem ser feliz, então não é a Revolução.”
Caros/as companheiros/as,
Como é de ciência de todos/as, a ocupação "Guerreiros do 510" após um terrível acidente (o incêndio do dia 22) que culminou num laudo da defesa civil e num despejo ilegal realizado neste sábado por conta do famigerado choque de ordem, encontra-se deslocada de seu espaço físico, mas seu espírito entretanto, continua forte, vivo e atuante.
As moradoras e moradores do prédio realizam uma vigília em frente ao prédio interditado pelos órgãos institucionais e prosseguem na sua luta por uma moradia digna. Envolvidos por este espírito de resistência, convidamos todos à participarem HOJE à noite, dia 25/05 às 20h30min, de um agito cultural e musical. Tragam seus instrumentos, faremos uma modesta roda de viola e um pequeno sarau em frente à ocupação "Guerreiros do 510", para além de animar e dar força às guerreiras e guerreiros do 510, divulgar mais esta luta dos trabalhadores desempregados.
Doações também são bem-vindas, afinal muitos moradores perderem praticamente tudo no incêndio, se aceitam produtos de higiene pessoal, roupas, comida e solidariedade.
SOMOS CONSTRUTORES
DE UMA REALIDADE QUE
AINDA NÃO EXISTE,
FAZEMOS PARTE DE UMA
AVENTURA PEDAGÓGICA
CONTINUAR NESSA
CAMINHADA COM
A CONSCIENCIA DA
NOSSA PEQUENEZ
É A GRANDEZA DESSE SONHO.
(Che)
Comissão de Cultura e Comunicação / MTD-RJ
Endereço: Rua Gomes Freire 510 - Centro.
Contato: 9404-5235
domingo, 24 de maio de 2009
PESCADORES EM DEFESA DO TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE
Os Pescadores da Praia de Mauá/ Magé, organizados no Grupo Homens do Mar da Baía de Guanabara realizarão um Ato em frente à Petrobrás (Av. Chile) dia 27/05 - 4a feira - às 11h30min.
Objetivo:
O objetivo do Ato é cobrar da Petrobrás a responsabilidade social com os pescadores que estão sofrendo o impacto social, econômico e ambiental causado pelas obras do Pólo Petroquímico (Projeto do PAC) na Baía de Guanabara.
Histórico:
A implantação do Projeto GLP, parte do Projeto do Pólo Petroquímico, está causando diversos impactos sócio-econômicos e ambientais na Baía de Guanabara. Principalmente sobre os Pescadores, alguns tendo as suas atividades totalmente inviabilizadas.
Pela falta de diálogo e de proposta alternativa por parte da Petrobrás os pescadores organizados no Grupo Homens do Mar iniciaram um processo de mobilização pelo direito ao trabalho e em defesa do meio ambiente, cobrando a responsabilidade social da empresa. A mobilização consistia em parar a obra de um gasoduto, que está sendo executada pela empresa GDK/Oceanic, realizada na Praia de Mauá no local de pesca, de forma que inviabiliza totalmente a atividade.
Durante a mobilização se iniciou um forte processo de ameaças. No dia 1º de maio uma das lideranças – o presidente da Associação – sofreu um atentado de quatro disparos de arma de fogo contra sua embarcação.
Operações do GAM (Grupo Aero Marítimo da Polícia Militar) contra a mobilização foram constantes, até que, no dia 14/05 sem ordem judicial e de forma absolutamente violenta, o GAM reprimiu a mobilização pacífica dos pescadores, detendo três (3) deles e apreendendo 4 embarcações de forma completamente arbitrária.
Por conta das denúncias sistematicamente feitas pelos pescadores, as Secretarias Municipais de Meio Ambiente e da Fazenda, a Prefeitura de Magé e o Conselho de Municipal de Meio Ambiente da cidade vistoriaram o canteiro de obras do GLP e interditaram o mesmo devido à ocorrência de mais de 42 itens de irregularidades, havendo dúvidas inclusive acerca do processo de licenciamento do empreendimento.
Na madrugada do mesmo dia da interdição das obras, dia 22 de maio (sexta-feira), por volta de onze horas, três homens com armas pesadas entraram na casa do tesoureiro da Associação dos Homens do Mar (AHOMAR). O pescador, que já se encontrava deitado, foi levado para a sala de sua casa, onde foi brutalmente espancado. Então, os três homens o levaram para fora de casa e o assassinaram com cinco tiros na cabeça. Os assassinos deixaram o corpo e saíram num carro cuja placa estava ocultada por um plástico preto.
O projeto GLP, um dos projetos do PAC na Baía de Guanabara, tem impactado o meio ambiente e inviabilizado a atividade da pesca artesanal, principal forma de sustento de cerca de 3.000 pescadores. Por isso os pescadores estão em luta em defesa do trabalho e do meio-ambiente.
PESCADORES EM DEFESA DO TRABALHO E DO MEIO AMBIENTE
Os Pescadores da Praia de Mauá/ Magé, organizados no Grupo Homens do Mar da Baía de Guanabara realizarão um Ato em frente à Petrobrás (Av. Chile) dia 27/05 (4ª feira) às 11h30min.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Passeata contra empresa poluidora marca 1º de maio no Rio
Passeata contra empresa poluidora marca 1º de maio no Rio
Fonte: Agência Petroleira de Notícias
Fotos: Rafael Duarte (Agência Petroleira de Notícias)
Ônibus do Centro do Rio, de Niterói e outros locais, além dos moradores da zona oeste do Rio se concentraram na praça em frente ao Hospital Pedro II, em Santa Cruz. Depois de apresentações teatrais sobre as atrocidades cometidas pela TKCSA e algumas falações a passeata partiu em direção à Sepetiba. Ao longo do caminho os manifestantes entregaram um jornal do 1º de maio, com textos sobre a crise e os danos causados pela Companhia Siderúrgica do Atlântico. A aceitação do material foi muito boa. Os moradores da região se penduravam nas janelas, amontoavam-se nas portas e até acenavam para a passeata como se assistissem a um desfile.
População recebe manifestação com entusiasmo.
Ao chegar à portaria 2 da CSA, na Rua João XXIII, por volta de meio-dia, os manifestantes pressionaram os portões da companhia ameaçando uma possível entrada. O elevado número de seguranças particulares somado ao reforço da polícia militar, porém, inviabilizaram uma ação mais contundente de ocupação. As entidades e organizações populares que constroem a Plenária dos Movimentos Sociais, responsável pela manifestação, foram unânimes em exaltar o sucesso da atividade.
- Ver o interesse da comunidade em nossa manifestação, mostrar nossa solidariedade de classe e conscientizar esse povo da zona oeste da exploração a que estão sendo submetidos é a melhor forma de resgatar o sentido do 1º de maio. Não podemos esquecer que essa data tem origem no assassinato de trabalhadores porque seus patrões não queriam negociar a redução da jornada de trabalho para oito horas, durante uma greve em Chicago, nos EUA, em 1886 – relembra o bancário Vinicius Codeço, coordenador da Intersindical.
Além das centrais sindicais e outras entidades de trabalhadores, a manifestação contou com a participação de movimentos comunitários, estudantis, ambientais, entre tantos outros.
- Estamos felizes por retomar o 1º de maio como um dia de luta dos trabalhadores e não uma festa, um feriado qualquer. Viemos até Santa Cruz, assim como estaremos em todos os lugares, para mostrar que a sociedade não irá aceitar de forma inerte todos os ataques da CSA. Esse projeto é só um símbolo para mostrarmos que os trabalhadores irão se unir e não aceitaremos pagar a conta pela crise global – afirma o petroleiro Emanuel Cancella, coordenador do Sindipetro-RJ, filiado à CUT.
Por dentro do projeto TKCSA
A primeira indústria da programada para a região é a Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA). O projeto tem 10% das suas ações votantes nas mãos da VALE (CVRD) e outros 90% com a empresa alemã Thyssen Krupp Steel. No total, estão programadas cinco indústrias siderúrgicas e oito portos privados. Todos esses empreendimentos contam com o apoio econômico e político dos governos . O poder executivo municipal, estadual e federal garantem isenção de impostos e financiamento direto, principalmente através do BNDES. Desrespeito à legislação brasileira, desmatamento, poluição, falsas promessas de empregos, relação com milícias e diversos riscos à saúde são apenas algumas das denúncias que pairam sobre o negócio. Leia mais sobre a mobilização dos movimentos sociais do Rio contra a TKCSA.
ATO CONTRA FÓRUM DA MORTE
Comerciantes da guerra, da repressão, da tortura e do massacre em todo o mundo foram recebidos na terça-feira (14), no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, por um grupo de ativistas dos movimentos sociais que protestavam contra a violência no mundo. (clique acima para ler toda a matéria da APN)
quarta-feira, 8 de abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
Manifestantes param Centro do Rio em ato contra a crise |
Atualizado em 30/03/09 19:56 |
Visualizações : 128 |